PORQUE A PESSOA NÃO SE ACEITA ?
Não se trata tanto de não aceitar-se, mas de não entender à si próprio, suas mudanças e a prevalência de pensamentos que vão contra ao seu estado de saúde e de normalidade. O poder que o inconsciente exerce sobre o consciente não permite, à este, o discernimento necessário para entender que tais mudanças não são suas e sim, impostas, para que pudesse separar a chave do cadeado. Ele percebe que algo que está acontecendo com ele, mas por não conseguir entender, decifrar este "enigma" e, pra não ver-se surtar em tentar entender o impossível, acaba por criar uma falsa razão para a sua invisível, dolorosa e insuportável dor, ou seja, combater sua dor com outra dor, como a automutilação, a ideação suicida, o inconformismo com o próprio corpo é também uma forma de combater sua dor primária, devendo levar este idéia adiante, na mesma proporção e tempo da sua dor, até que uma acabe extinguindo a segunda, com a morte.
O inconsciente acredita que a nossa felicidade depende de lembrarmos da memória que ficou reprimida, para que tendo ciência se extingue a influência perturbadora. Existe duas alternativas terapêuticas, ou se "cava" fundo (com psicanálise) para tentar encontrar e extrair a origem e causa dessa influência ou, se tenta "sufocar" essa lembrança, isto é, escrever encima do "disco rígido" inconsciente, com uma nova postura de comportamento positivo e progressivo, com terapia comportamental e realização de tarefas que lhe causem prazer, satisfação, contentamento e que seja uma constância.
O processo de aceitação (e auto convencimento) do inconsciente, dá-se de forma aritmética, após certo tempo, que dependerá de pessoa à pessoa, sua realidade, idade, histórico de vida, estilo de vida, convivência e ambiente. Fatores que, se positivos, podem acelerar o processo de cura, sendo os primeiros resultados a estabilização do quadro clínico e/ou psicológico do paciente. Fatores emocionais podem funcionar com termômetro de progressão, tanto do quadro quanto de progresso.
Medicações e proposta terapêutica:
A influência do inconsciente sobre o consciente é proporcional ao nível de tolerância do paciente diante da dor (ou angústia) diante do que não entende. Sabemos que muitas medicações agem mais no efeito que na causa. Tolerância está relacionado à perda (ou baixa) de auto controle emocional, sendo provocado por níveis elevados de estresse, ansiedade, expectativas demasiadas em torno de um objetivo difícil ou quase impossível, perda de ente queridos, que eram considerados como "pilar emocional" para o paciente. O que se recomenda é controle de ansiedade pra manutenção do auto controle, para conter a influência que advém do inconsciente, que o induz à ações de natureza involuntária, como comportamento anorexos, Bulimia, auto mutilações e ideações suicidas.
Terapias de grupo são recomendadas, para que o paciente não se sinta "exclusiva" em sua psicopatologia, o que já se torna um fator positivo para o tratamento terapêutico. A abordagem terapêutica em transtornos compulsivos deve ser feita sempre, de dentro para fora. Qualquer abordagem "inversa" será considerada invasiva e uma provocação, para o paciente, podendo vir à elevar a resistência ao tratamento de forma mais severa. É preciso haver pessoas em que o paciente muito confie. Quanto mais se erra na abordagem, mais criterioso(a) se tornará o paciente, quanto á ouvir e de quem ouvir o que precisa.
"Ninguém faz nada senão em razão de algo que o motive" (ProfAmadeu Epifânio)
ProFAmadeu Epifânio
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