AUTISMO INFANTIL
Esquizofrenia

AUTISMO INFANTIL


UM OLHAR PERDIDO, MAS SEM PERDER DE VISTA...



Posso iniciar este texto, fazendo a afirmação, do quão especiais são, as crianças autistas e com asperge, não apenas por suas limitações, mas por uma sensibilidade tal, que se nós adultos à tivéssemos, com certeza este mundo seria muito melhor.  Portanto, este é o primeiro de muitos pontos positivos no TEA, que deveria nos servir de forte referencial.

Outra coisa que venho observando no perfil do autismo (através de depoimentos de mães) é uma característica comum, que até me arrisco a chamar de padrão, tanto no autismo quanto nas crianças com asperge.  Vou tentar explicar, espero que eu consiga. rsr

Percebi no autismo a presença simultânea de dois seres.  Como assim ?  A criança em sua idade física e logo atrás (não muito distante) a mesma criança, mas com a mente de uma criança, pouco mais atrasada, tentando, através de todos os recursos de que pode dispor, como audiovisuais, perceptivos e sensitivos, alcançar a outra criança (de idade física) que vai logo à frente. 

Não estou falando em retardamento, pois que essa terminologia aplica-se em casos patológicos, o que não se aplica ao autismo, sendo este apenas, um caso de atraso cognitivo, como alguém que saiu atrasado, logo atrás do primeiro e que busca alcançá-lo, mas sem pressa, mas também, sem perdê-lo de vista.

Para uma criança autista, um passo que ela consiga dar, sentindo ter diminuído a distância que à separa da outra, é um momento de grande contemplação, onde busca inclusive compartilhar com as pessoas que lhe estão próximas, da melhor forma que encontrar.  Ainda que mesmo não compreendida, ela não desiste de perseguir a outra.  É como a mão correndo atrás da luva. rsr

As peculiaridades pertinentes tanto ao autismo como o asperge, bem como as peculiaridades que às diferenciam entre si, uma das outras, tem ligação direta com as formas que cada uma delas, faz uso para tentar tirar essa diferença, entre a criança mental e a física.   Repito, é uma busca tranquila, sem estresse e sem desespero, simplesmente porque a criança mental não chega à perder de vista, seu “corpo” que vai logo à frente e isso, por si só, à deixa mais tranquila.

É preciso relevar também, uma coisa muito importante, a criança mental se vale, em suas reações de manifestações, das características de sua criança física, em tamanho e força proporcionais.  Lembram do filme “Querida, estiquei o bebê !” ?  É mais ou menos isso.

Muito provável que essa “distância” não seja tirada em 100% ou 50%.  Isso não é importante, pois o que vale é saber que o autismo é uma criança tranquila e que, se ocorrer aumento do humor ou irritabilidade, pode ser que alguma de sua conquista (pequena que seja) ou algum desejo muito ardente num dado momento, não esteja sendo correspondentemente, contemplada ou compreendida.  O que é perfeitamente admissível.

Mães, não é pra vocês ajudarem seus filhos à tirarem essa diferença, isso a própria mente da criança, sozinha, é capaz de adaptar-se à este desafio.  Talvês o grande propósito nem seja tirar essa diferença e sim, fazer com que o corpo da criança mental, esteja sempre bem, em paz, apenas por saber que praticamente, ambos caminham praticamente juntas.

Cabe à vocês, mães, tentar promover ao máximo, este equilíbrio (como de fato têm feito até hoje e, diga-se de passagem, muito bem feito), para que desta forma o autista, de corpo e alma, encontre e perceba sempre, o carinho e o amor, que sempre estiveram presente, tanto em um quanto em outro. rsr  E isso pra eles, é tudo que eles mais desejam e agradecem (do jeitinho deles, evidente rsr).

Que tanto o autismo quanto o asperge, seja entre vocês,  um elo forte de amor.

Que Deus sempre Abençoe o empenho, o carinho e o amor, com que se dedicam à estes seres tão especiais, quanto à vocês, pais, que cuidam deles.  Amém ?  


                                              Amadeu Epifânio


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