TDAH INFANTIL
Esquizofrenia

TDAH INFANTIL


ANSIEDADE, IRRITABILIDADE E EXCITAÇÃO, EM ALTA VOLTAGEM.


Estes são, na verdade, as sensações sentidas pela maioria das crianças portadoras do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade, correspondentes aos sintomas mais comuns, relatados pelos pais que com eles convivem e cuidam.

  Essas sensações refletem um conflito interior e inconsciente, vivido por essas crianças.  Uma batalha invisível pelo controle da vontade, travada entre o emocional inconsciente involuntário e seu estado consciente (ainda em formação), quando mais absorve informações (para compor seu pequeno banco de dados) do que necessariamente processa, para uma tentativa de compreensão.

Estou falando de crianças em seus primeiros meses de vida, que é onde tudo começa e onde o TDAH se constrói e se instala feito um vírus de computador, causando desordens na sua capacidade de tomar decisão e de ter controle absoluto sobre sua vontade.  Apesar de o transtorno ser o mesmo em centenas de crianças, as causas parecem ser bastante variadas, porque se supõe que esteja relacionado ao histórico de vida de cada uma delas.

Longe de mim aqui, achar que os pais têm culpa pelo TDAh adquirido pelos filhos, porque nesse tipo de transtorno não existem culpados e sim, circunstâncias que se fundiram em um dado momento, provocando uma espécie de curto circuito na criança, porém não manifestado imediatamente, porque a mente espera que o corpo cresça, se desenvolva, para então relembrar o evento e tentar entende-lo.  O grande problema é que essa cobrança é inconsciente e de forma insistente e de influência, percentualmente elevada, haja vista as crianças com idades entre 7 e 9 anos (quando se evidencia o transtorno), pouca ou nenhuma capacidade ainda tem de entender o que se passa, para então relatar o que realmente sente.

Difícil fazer conjeturas em torno de prováveis causas, pois o que mais importa agora é descobrir formas de ajudar essas crianças à controlar suas impulsividades, para reduzir sua hiperatividade e desta forma, poder manter o foco sobre tarefas, com maior prazo de tempo possível. Conseguindo fazer isso, conseguiremos criar hábitos contínuos, de natureza progressiva, para que consiga alcançar um estado de equilíbrio, suficiente para uma vida mais independente, sem tanto a necessidade de medicações intermináveis (muito embora seja necessário no começo do tratamento, para controlar um pouco a hiperatividade).

É importante ter como meta no tratamento, que a criança com TDAh, exercite ter controle progressivo da sua vontade sobre as reações geradas pelo transtorno.  Criar rotinas, estabelecer regras em casa, para que a criança distribua mais, inconscientemente, a energia concentrada nessas reações, fazendo com que possa manter sobre si próprio, por tempo cada vês maior, a sua própria vontade.  A criança adquirindo maior poder de decisão, fica menos passiva e corresponde mais aos exercícios cognitivos, para um melhor desenvolvimento, minimizando os efeitos negativos do transtorno, na fase mais adulta.

Outra recomendação que eu faço às mães (que passa mais tempo com as crianças) e aos pais.  Trabalhar mais a presença psicológica do que a física, porque essas crianças estão dispersas e elas precisam mais, saber que os pais estão por perto, do que necessariamente, ao lado deles.  Vês ou outra, ainda que eles estejam calmos, brincando ou (mais vendo que...) assistindo TV, chegue pra ele (ou ela) e diga frases do tipo: “-Filho, mamãe está aqui, viu ?”  ou  “Mamãe (ou papai) está perto, viu ?”.

Essas frases ficarão ruminando neles e sua mente usará como sugestão ao corpo que o abriga, gerando maior segurança emocional, tornando-os, com o tempo, crianças menos impulsivas (quando não, mais tranquilas).  Outra coisa: não dê tudo que eles pedem, porque não é, necessariamente, vontade de brincar e sim, tentar ocupar-se com algo diferente e novo, para fugir, involuntariamente, do foco sobre algumas tarefas.  Por isso não briguem com eles quando isso ocorrer.  Mantenham os brinquedos velhos mesmos, para que eles percam o interesse neles e tenham nas tarefas importantes, maior interesse, até como distração.

Tudo isso pode fazer com que a criança com TDAh, aos poucos, venha aumentar o grau de controle da sua vontade sobre o transtorno, se necessário com medicação, até que ele (ou ela) venha manifestar atitudes que se sobrepõe ao transtorno, podendo vir a reduzir gradativamente a dosagem dos remédios, até que não se precise mais deles ou não tão fortes.

Vejam, essas mudanças ou aumento da vontade, não se dará da noite pro dia, pois se trata apenas de uma meta à ser trabalhada, com calma, adaptado à realidade de cada criança e de cada família.   Crianças com TDAh precisam ter sua individualidade relevada e respeitada;  que seu transtorno não é escolha sua e sim adquirida de forma incerta.  

Essa regra é válida também para adultos com TDAh, pois estes sofrem muito mais discriminação (quando não, até perseguição) do que as crianças e pior, da própria família e dos próprios pais, que por falta de interesse em se informar melhor, tem atitudes injustas e mais impulsivas que a dos próprios filhos.

Somos pelo o que somos (em qualquer circunstância).

Quero aproveitar para parabenizar à todos os pais que contribuem para a felicidade e bem estar de seus filhos (também com TDAH), tendo ainda, antecipadamente, a certeza de que Deus está observando seu empenho, sua luta e que com certeza o está ajudando.  Viver bem é possível !  

Ponha essa ideia na cabeça e na vida dos seus filhos.


                                Amadeu Epifânio


PROJETO CONSCIENTIZAR – VIVER BEM É POSSÍVEL !

Corrigindo Passos para um Caminho mais Seguro.





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