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Particularmente, não considero a suicídio um caso de saúde pública mas, pessoal e/ou familiar. Segundo minhas pesquisas ao longo de 16 anos, pude perceber que a ideação suicida (como o nome diz) ela é antes, uma ideia e se é uma ideia, significa que ela é ainda, no primeiro momento, um pensamento em formação (ou transformação), o que podemos traduzir que uma ideia, recorrente de um fator negativo, começa à ser bombardeado por outros fatores igualmente negativos e pessimistas.
No momento que uma pessoa começa à desenvolver a ideação suicida, ela começa também à tornar-se mais criteriosa, tanto no QUE quer ouvir e principalmente de QUEMquer ouvir, uma vez que os pensamentos estão convergidos numa decisão auto destrutiva e involuntária (portanto inconsciente). Sim, a ideação é produto de fatores psicossomáticos que, sem poder contar ou obter outras formas de prazer que pudesse vir à utilizar em favor próprio, a mente então toma a decisão de auto destruir-se, restando muitas vezes ao corpo consciente, somente obedecer a ordem recebida, julgando então este, ser (por desconhecimento) de fatores presentes, repentinos ou persistentes.
A mente não só dá ao corpo a ordem de fazer, como também determina a forma de fazer e agora sim, contando com um leque extenso de opções, com base em tudo que já foi visto durante a vida, sobre as mais variadas formas de suicídio consumado.
A primeira característica psicológica que vem á cabeça para tentar dar uma explicação plausível ao suicídio é: ABANDONO, sentir-se abandonado, sozinho. Antes mesmo de receber ajuda, vem a concepção de que, se aquela pessoa está ou não qualificada para ajudá-lo (considerando a forma de ligação que tem para com o suicida, ou seja, se apática ou não, tendo em vista o fato de ser mais criterioso, conforma já mencionado).
Ideação suicida é algo que requer muita atenção, consideração e respeito para com todas as pessoas que estão de fora da realidade que o suicida esteja vivendo, haja vista seja por razões que ele mesmo desconheça, embora julgue ser por fatores que acredita. É possível que esses dois lados se conciliem vez ou outra, numa única razão, o que nos leva à acreditar aqui, que a possível causa não esteja especificamente na motivação, mas sim numa elevada INTOLERÂNCIA em lidar com seus efeitos, o que volto à reiterar a importância do respeito ao cenário que se apresenta.
Ideação suicida não é brincadeira, não é frescura, não é fraqueza nem cabeça fraca (como muitos acreditam) e nem caso de saúde pública, pois não importa as condições que se apresentem para tentar fazer impedir a consumação. Se o guarda corpo de uma ponte "não ajuda", ele poderá atirar-se na frente de um carro. Impedir uma ideação suicida não é motivo de comemoração, pois pode-se apenas estar adiando uma decisão já tomada. Contudo, pode ser a oportunidade para tentar entender ou descobrir as causas, para então fazer com que a pessoa vem desistir de consumar o suicídio.
Quando uma pessoa anuncia sua intenção de cometer suicídio, ela não quer, na verdade, fazê-lo (nem é falta de coragem), mas é um pedido involuntário e desesperado de socorro, para que alguém à impeça de fazê-lo, apesar (repito) de estar acreditando que seja por uma motivação tátil, o que poderá se transformar numa resistência consciente ao socorro. Podendo, é preferível focar mais no salvamento do que numa argumentação, exceto se esta tiver o objetivo de ganhar tempo para buscar uma forma segura de salvá-la.
Espero tê-los feito entender um pouco sobre essa realidade dura para uma pessoa que chega nesse estágio, sem ao menos ter a certeza (na maioria dos casos) sobre os reais motivos subjetivos de sua triste decisão.
Para maiores informações e esclarecimentos sobre o meu trabalho, poderão me acessar no facebook, como ProfAmadeu Epifanio ou através do e-mail: [email protected]
Obrigado à todos.
Amadeu Epifânio - Idealizador
Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.
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