...E A FORMAÇÃO DOS TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS.
Quando uma vida é gerada no ventre materno, outras duas têm-se início, que irão se juntar para tornar-se um só, qual sejam ? a mente do bebê e o momento exato em que ele começa a trabalhar, ou seja, a processar tudo que assimilou até aquele dado momento, mesmo ainda no ventre. Para se dar início ao funcionamento da mente do bebê (ainda feto), é necessário um mecanismo de disparo, o click que fará com que a “maquininha” do cérebro começa à trabalhar.
Do momento em que o cérebro é formado, dá-se início à absorção de dados e de informações, através da percepção dos sentidos do feto, que percebe as primeiras sensações, ainda na barriga da mãe. Estas informações já vão fazendo parte da vida do bebê, embora ainda não compreendida, pois que num primeiro estágio, o feto apenas absorve sensações, sem ainda conseguir descrever, mas já pode ter condição de decidir se gosta ou não do que está sentindo.
A mente vai esperar por certo tempo, que mais outras informações venham se juntar, para que se possa formar alguma ideia ou concepção à respeito do ambiente em que se encontra. No momento em que essa concepção é finalmente formada, constituída, dá-se início ao processamento das informações, até então assimiladas, que irão confirmar ou não, se procede o que foi já previamente definido. É quando seu pequeno “liquidificador” começa a funcionar.
A função da mente, em tentar promover sempre, o equilíbrio psíquico do corpo que o abriga, já começa desde cedo e tudo que entra deve ser questionado e as sensações negativas, minimizadas da melhor forma, fazendo uso do que se adquiriu até o presente momento, para este fim.
Essa primeira concepção que se cria, pode estar relacionado à várias coisas, vários eventos, que poderão servir de mecanismo de disparo do pequeno “liquidificador” do feto, a mente dele. Esses eventos podem ser sensações de carinho e da audição suave de uma vóz materna; pode ser sensações instáveis de agitação no ventre, decorrente de discussões; sensação de medo por um susto passado pela mãe; sensações decorrentes do uso abusivo de álcool ou de drogas.
Seja qual for o evento (que não são poucos), ativará o disparo da criação das primeiras concepções do feto em relação ao ambiente interno e externo, em que se encontra e, à partir daí, tudo que for absorvido, entrará no liquidificador, que manterá ou contestará as concepções formadas, até que os novos valores adquiridos, após o nascimento, sejam mais determinantes e duradouros que, dependendo da ideia concebida (em caso negativo), ficará muito mais difícil reverter, muito embora não seja impossível, dependendo muito da determinação do pais.
Da fase gestacional até os primeiros meses de vida, é um período crucial que requer muito cuidado e atenção, com tudo que a criança venha a ver, ouvir e sentir, pois como nesta fase a criança não consegue discernir ou compreender (apenas absorve), qualquer situação ou ocorrência que ela venha a presenciar ou tomar parte e que venha lhe causar certo (ou muito) desconforto, tanto emocional quanto psicológico, as reações resultantes serão “guardadas” na mente, que ficarão à espera desta criança crescer, para lembrar, entender, resolver e classificar o fato ocorrido, sem grandes sequelas. Para uma criança não é preciso muito para se alarmar, mas para o momento dela (com exceção de maiores gravidades-como abusos), pode ter sido uma tragédia grega.
O problema é que essa cobrança do passado vem de forma inconsciente, sem que o estado consciente saiba ou perceba o porque de estar se sentindo tão mal, agitado, ansioso, angustiado, facilmente irritado, com perdas de concentração ou de foco, para estudar ou trabalhar. Essa cobrança não resolvida e “arrastada” até a fase adulta, acaba gerando problemas psicológicos, que gera problemas orgânicos, que gera os problemas neuroquímico e que por fim, vai gerar os problemas psiquiátricos, de natureza diversa, como ansiedade, pânico, depressão, bipolaridade, TDAH, entre outros.
Tudo começa cedo e desde cedo deve se atentar para comportamentos bem fora do que seria o padrão para o filho ou, para uma criança normal, com idade compatível. Para os adultos, saber que pelo o que passam possa ter sido em razão de algum momento, em que um evento foi gerado, absorvido, não compreendido e gerado uma concepção que ficou guardado e interferindo na vida e principalmente no temperamento, tanto da criança, quanto agora, na sua fase adulta. Temperamento oposto à uma condição considerada saudável, gera concepções cada vês mais negativa e até “destrutiva” (conforme o tipo de transtorno).
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“Ninguém faz nada se não em razão de algo que o motive” e geralmente esse “algo” vem lá de dentro e do passado, cobrando respostas para conviver melhor. Psicanálise pode ajudar, auto conhecimento também é primordial, para mensurar a influência dos transtornos sobre si e sobre a própria vontade. Questione sobre onde exatamente o efeito da medicação deve agir, se para dormir melhor, estudar melhor, melhorar o foco, etc.
Exigir que uma medicação resolva tudo é como querer uma resposta para todos os males. Difícil, não é ? O seu auto conhecimento pode ser a chave para viver melhor.
Seja feliz, porque é possível.
Amadeu Epifânio
PROJETO CONSCIENTIZAR – VIVER BEM É POSSÍVEL !
Corrigindo Passos para um Caminho mais Seguro.
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