A experiência Código da Vinci
Esquizofrenia

A experiência Código da Vinci


Ontem, dia 19, foi meu aniversário! E como presente que me ofertaram, eu decidi presenciar o lançamento mundial de Código da Vinci assim como o resto dos cinéfilos de 72 países, já preparando uma resenha do filme! Satisfação Garantida? Presente Monumental? Valeu a Pena? Quanto ao filme, NÃO! Mas quanto aos amigos sem dúvidas! O que renderam ótimas gargalhadas depois enquanto bebíamos e esculachávamos o filme, não tem preço! Vamos a "crítica":

Para quem leu o livro já sabe: ler O Código Da Vinci é ler o roteiro de um filme hollywoodiano. Sem rodeios, rápido, pontuado por seus clichês, perseguições de carro, cidadãos comuns dando olé na polícia e (muitas) reviravoltas. O jogo já estava ganho no momento em que o primeiro exemplar foi vendido, e daí para uma produção estrelada por Tom Hanks ou qq outro astro, foi um pulo!

Justamente nesse tipo de faceta é que o filme inteiro é amarrado: o roteiro do filme é seguido de uma maneira tão metódica e linear, que algumas falhas que poderiam ser melhoradas ou personagens pouco explicados onde poderiam ser dada uma nova roupagem, enriquecendo a obra e complementando o romance, são completamente descartados! Parece que alguns atores esqueceram seus talentos interpretativos para conseguir aquilo que o filme conquistou para eles: $$$ e amém! Tom Hanks, como Robert Langdon e a Audrey Tautou, como a Sophie Neveau estão como contadores de frigorífico, frios, calculistas, sem emoção, sem talento, sem sal! Robert Langdon, no livro, demonstra toda a empolgação, emoção, desvaneio, alegria monumental diante da surpresa da descoberta da chave do Priorado de Sião, do Graal, do Críptex e todos os eventos que surge daquilo que ele estudou a vida toda como criptólogo. Imagina aquele professor sacal, chato, arrogante, quadrado, um porre que dá a aula mais insuportável da faculdade e explica sua matéria da maneira mais arrastada, sonolenta e intolerável, como se obrigasse vc a cometer suicídio para se salvar: Esse é Robert Langdon de Tom Hanks! Algumas vezes ele e a Audrey conseguia transparecer toda a sintuosidade orgasmática da descoberta com um talento interpretativo de um locutor da Radio Relógio! Dava raiva! O Alfred Molina (filmes como Frida, Chocolate, Lutero e Homem-Aranha 2), como o bispo Aringarosa deixou saudades. Apareceu muito pouco e foi mal colocado. Jean Reno como Bezu Fache foi mediano. A (falta) de agressividade, autoridade e espirito de presença não me convenceram. Na verdade quem roubou todas cenas foi o Ian Mackellen (X-men 1,2 e 3, todos os Senhor do Anéis, O aprendiz, Deuses e Monstros) e o Paul Bettany (Uma Mente Brilhante, Dogville e Mestre dos Mares) porque eles simplesmente interpretaram!!! Não conhecia o Paul, e seu personagem surgiu sem muitas explicações, mas o cara estava empolgante na sua fé cega e objetiva! Eu sei o que acontece com ele mas até torci pelo Silas! ;-) Já O Ian como o Teabing conseguiu arrancar uns poucos risos da platéia com suas tiradas sarcásticas e inteligentes, roubando todas as cenas quando surgia!

As mirabolantes explicações sobre a Opus Dei, Jesus Cristo, Maria Madalena e os Cavaleiros Templários são ilustradas através de flashbacks, o que pode irritar os mais impacientes como eu por exemplo, devido a maneira quase pedagógica das explicações. O Teabing fala, a Sophie pergunta e o Robert complementa. Tudo bem que a complexidade da trama exige explicações, mas tudo tão mastigadinho é quase uma afronta com a sua inteligencia! Alguns efeitos foram muito bem acrescentados ou inteligentemente modificados para a linguagem cinematografia. Mas o que deveria dar agilidade a trama pela grandiosidade dos fatos, fica em segundo plano pela falta de empolgação e interpretação dos atores. E ninguém é amador ou só fez filme de quinta categoria para agir assim. O livro é de tirar o folego do começo ao fim! E quanto mais se aproxima do final, mas vc quer continuar a saber da verdade! Como se metade do livro fosse de clímax! O filme tem uns 3 ou 4 climax e só. O máximo que pode fazer vc continuar, como algumas pessoas na sala demonstraram, foi o sono! ;-)

Resumindo: vejam o Codigo da Vinci. Pela internet! Se atreverem a isso!

A melhor parte de todas foi a cervejada, com uma torta na porta do shopping, num frio de rachar, tomando sopa na barraca do seu Zé das Candongas! A simplicidade de determinadas coisas tem mais valor para mim do que uma festança arregaçada numa boate! Sem falar que as merdalhocas pulularam sem parar!
Obrigado a TODAS as pessoas que me brindaram no meu aniversário! Recebi dezenas de ligações, cartões, sms e caralhões de scraps no Orkut! Aqueles que me ligaram e ficaram com medo de encarar essa estréia estão perdoados! Obrigado incondicionalmente pela presença de espírito de vcs!

Beijos abraços e um remedinho de vez em quando...



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