Esquizofrenia
VIDA INTRAUTERINA – TUDO É SENTIDO, TUDO É REGISTRADO.
Já foi o tempo em que nossa atenção (como pais) fixava os olhos e nossa atenção apenas no aspecto físico do feto e na sua saúde de uma forma geral. Enquanto isso, dentro do útero materno, o feto passa por inúmeras experiências e vive suas primeiras emoções e registra tudo.
Da mesma forma que sentimos as oscilações e os balanços quando viajamos de navio ou dentro de um avião, também com o feto não é diferente. No útero, a placenta da mãe cumpre teoricamente dois papéis simultâneos, qual seja, age um pouco como amortecedor de impactos e também, de certa forma, como um amplificador de sons, repassando de forma um pouco mais intensa (quando não confuso ou distorcida) quase tudo que acontece do lado de fora. Por isso a necessidade de se ter sempre um ambiente tranquilo para a mamãe e consequentemente também para o feto.
A parte preocupante deve estar nas oscilações de humor da mãe, quando ela entra num estado de ansiedade, medo, desespero, aborrecimento, tristeza, etc. Até hoje negligenciávamos que o feto pudesse absorver todos esses sentimentos e ainda dizíamos com certa segurança: “-Ainda bem que ele ainda não veio ao mundo pra passar o que eu estou passando.” Lembram-se disso ? Só que não é bem assim. Não só o bebê sente como pode ser tranquilizado ainda na barriga da mamãe, através de uma conversa com ele seguida de alguns carinhos.
Como já disse antes, tudo que acontece com o feto durante a gestação (enquanto doce inquilino da barriga da mamãe), é registrado, inclusive alguns hábitos nada saudáveis, como fumar, tomar bebida alcoólica durante a gravidez (quando não fazer uso de drogas). Substâncias como estas atravessam a placenta e chegam até o bebê através do líquido amniótico, onde é, por ele absorvido, podendo fazê-lo adquirir os mesmos hábitos depois de crescidos, simplesmente porque estes hábitos já estarão registrados no banco de memória do bebê.
À medida que a gestação avança, novos “acessórios” vão sendo incorporados ao feto, como aparelhos de percepção, receptores sensoriais, vias de condução do estímulo nervoso, etc. O que propicia ao feto ter maior sensibilidade e mais autonomia e individualidade, como a capacidade de sorrir, sonhar, bocejar, se mexer, abrir os olhos, sentir com mais intensidade os carinhos da mamãe, do papai, dos irmãozinhos, do vovô, da vovó, o que o faz sentir-se mais seguro e acolhido, o que é um fator extremamente essencial para o bebê.
Desde cedo é prudente já ter o hábito de se conversar com o bebê ainda dentro da barriga da mamãe, pois isso o faz sentir-se seguro em momentos em que o “lado de fora” causa instabilidade do lado de dentro, como em discussões, crises nervosas, até mesmos alguns impactos sofridos pela mãe, como pequenos acidentes. Esses eventos, dependendo do fato e da intensidade, podem ser levados para a vida adulta e interferir em seus pensamentos e atitudes e o que é pior, sem que ele saiba o que tanto o incomoda.
Irmãos mais velhos devem ser preparados para a chegada do novo irmãozinho ou irmãzinha, para minimizar os casos de ciúme que, quando acontece, é porque os que já estão aqui, já estão sentindo-se meio que largados e com a atenção mais exacerbada no “novo visitante”, natural que o emocional do mais velho ou mais velha, fique mais aguçada e mais sensível, o que uma boa conversa tranquilizadora pode resolver o problema.
Vale lembrar que crianças e bebês não são obrigadas a entender porque os pais não podem ficar o tempo perto deles (o que inconscientemente é um desejo ardente e até egoísta deles). Sempre converse, explique e exponha a realidade para eles, para que eles não criem fantasias negativas e que mais tarde vão se transformar em problemas psicológicos, quando às vezes somente um psicanalista pode ajudar.
Conversar não custa dinheiro, além de economizar nas consultas de um médico ou psicólogo na hora de reverter a situação. Afinal, todos nós gostamos de um pouco de satisfação não é mesmo ? Que dirá os bebês, que chegam ao mundo cheios de questionamentos para serem respondidos ou esclarecidos.
Se somos pelo o que somos, os bebês são pelo o que sentem.
Amadeu Epifânio
Projeto Conscientizar – Viver bem é Possível !
Somos pelo o que somos.
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