Prezados amigos e estimados leitores.
Nenhuma pétala de flor cai, nenhum pedaço de galho seco se desprende da árvore, sem o consentimento de Deus. Digo isso porque (ainda que muitos não aceitam) os desígnios de Deus nos presenteia e está presente com dádivas, que embora (por sua dureza aparente) não nos permite ver, além de sempre nos favorecer de alguma forma. Os ventos sopram forte sobre as folhas das árvores, não para machucá-las, mas para fortalecê-las e torná-las ainda mais resistentes à ação do tempo. Os obstáculos e as dificuldades nos tornam ainda mais fortes, para aceitarmos e lidarmos melhor, com outras adversidades.
Com toda certeza, o transtorno de cada um de vocês não há de ser nenhum algoz, mas um vento que (o)à tornará ainda mais forte. Só depende de como o vemos e sentimos. Uma rajada de vento passou pela minha vida uma vês e (parecendo que se instalou em definitivo) acabou por fortalecer-me para outros grandes desafios que estavam por vir, tanto que muitas vezes esquecia dele, até que uma brisa sempre me lembrava, não como um sinal avisando que me atormentaria outra vês, mas que apesar disso, estava conseguindo lidar com outros ventos (que para nós, sempre parece mais, como tempestades). Não é assim ?
Cheguei mesmo à lembrar do filme “A volta do todo poderoso”, quando fala das oportunidades e pensei se não seria o caso, não que Deus estivesse me dando força bruta, mas sim a oportunidade de mostrar-me do quanto tem me fortalecido, no exercício com essa rajada de vento, de natureza pessoal e também familiar.
Não preciso ser forte (tipo musculoso), para suportar transtornos, depressão e preconceito dos que não entendem minha realidade (talvez porque elas não merecessem ser provados e forjados no calor de uma batalha) da qual deve todos os dias me orgulhar, porque Deus não está me dando fardo ainda maior e sim, me dando condição de suportar este e outros fardos (provavelmente de pessoas que precisam de nós). A força que mais precisamos, é à que vem de Deus (não importando se acreditemos ou não).
Hoje chego a conclusão que, se for analisar bem, pessoas que não tem transtorno e preconceitua tanto, não teriam eles a menor condição de suportar o mínimo do peso, que advém de qualquer probleminha que o cotidiano os impõe, se desesperando, se irritando, ofendendo pessoas por julgar que seja sempre os outros, os culpados por seus infortúnios. Hoje já não veria esses problemas com mesmo foco. Tendo minha tolerância e meu discernimento elevado (em razão do exercício nas minhas batalhas maiores), trataria qualquer problema hoje, com mais tranquilidade.
Não, não sou portador de nenhum transtorno, mas que nem por isso posso dizer que minha vida tem sido menos difícil dos que aqueles que o possui. Problemas de ordem pessoal e até familiar, me causaram dores extremas, ansiedade (à ponto de também tomar antidepressivo), alguns momentos que cheguei à pensar em ideação suicida, ou seja, muitas das sensações pelas quais passam as pessoas com transtorno. Mas hoje, chego à conclusão que estava sendo preparado para batalhas ainda maiores e já com possibilidades de lidar com outras menores.
Tudo está na forma de como olhamos para o espelho, de como vemos nossa face e nosso semblante, se com pena de nós mesmos ou com a de orgulho, que mesmo aquele semblante estando com todo ar de cansado ou desgastado, é para mim, não só lembrança de uma batalha árdua, mas principalmente vencida com muito orgulho, que não importa o que digam e sim o que sou, o que penso, o que faz de mim uma pessoa muito mais forte (embora ainda não tivesse me dado conta). É o leão que mato todos os dias, já deixando outro amarrado pro dia seguinte.
E quanto aos que me discrimina, o que conseguem suportar ? Em quanto tempo se entregariam à derrota ? Sim, sou diferente, hoje me sinto bem diferente deles, não porque carrego um transtorno ou uma tempestade, mas porque me sinto verdadeiramente bem mais forte dos que me chamam de fraco. Tenho hoje um discernimento que me garante certa tranquilidade de lidar com problemas que antes pareciam insolúveis. Nossa força (à que vem de Deus), pode se traduzir em pura sabedoria, semelhante à que foi dada à Salomão e à Davi; à que foi dada à muitos reis é à desprezaram, porque acreditam na própria sabedoria, que os levou à ruína e a perda, deles e à de seus reinos.
Muitos ainda não se deram conta, do que já são capazes de fazer e realizar. Nem é preciso passar sofrimento por anos, por causa do transtorno que tem, para se sentirem capazes, pois se está passando é porque foi escolhido(a) para fazer parte de uma elite de pessoas especiais, de soldados especiais, muito mais fortes e resistentes do que outros (que alimentam sua utópica fortaleza, somente dentro do próprio ego).
Comece à testar os resultados já obtidos e verás que uma mudança de ótica sobre as feridas (da alma) que ganhastes, o(a) fará mudar de ideia. Se comigo aconteceu desta forma (sem nenhuma falsa demagogia), pode ocorrer com qualquer pessoa. Se os outros o(a) acham diferente, que ótimo, sinal de que é a igualdade deles que é perecível e não a nossa. rsr
“... Porque o Fruto dos Bons Trabalhos é Glorioso,/ e a Raíz da Sabedoria é Imperecível.”
(Sabedoria 3, 15)
Amadeu Epifânio