Esta é uma pergunta curiosa, ao mesmo tempo que, para quem sofre, já parece ter a resposta na ponta da língua, apontando para os limites do céu. Existem dois fatores que precisam ser relevados, quando o assunto é dor e sofrimento. A primeira é: Porque sofremos ? e a outra seria: É possível livrar-se dor que nos faz sofrer ?
O sofrimento já parece ser uma característica inerente ao ser humano, um sinal de alerta avisando que algo saiu do contexto ou que está fora do estado de normalidade (para a vida de cada um, especificamente falando). Sofrimento e dor podem ser de natureza ocasional ou duradoura, persistente ou não e sua causa pode, nem sempre estar especificamente nela e sim, na forma como lidamos, já que nem sempre estamos preparados para ela, sem contar que, aceita-la seria a última coisa que passa pela nossa cabeça.
O ser humano tem, por natureza, desde pequeno, rejeitar ou repudiar à tudo que não conhece e não entende, até mesmo como um mecanismo de defesa, prém não no sentido positivo e sim, negativo, pois renunciar o desconhecido é desprezar um conhecimento novo e consequentemente um novo aprendizado, tão necessário e oportuno (em qualquer tempo) para compor nosso mecanismo de defesa e aí sim, de maneira muito mais consistente e fundamentada, para que possamos reagir sempre de maneira mais segura, diante de toda e qualquer adversidade (mesmo as de natureza psíquicas).
É possível livrar-nos da dor que nos faz sofrer ? Dependendo, sim, é possível, mas não antes dela causar em nós o efeito para qual ela nos foi passado, seja de forma genética ou pelo destino. Permita-me colocar um exemplo religioso para melhor entender, tudo bem ? Deus, ao nos criar, matriculou-nos na escola da vida, para que nela pudéssemos aprender o mínimo necessário, para tirar o melhor proveito possível do nosso livre arbítrio, ao mesmo tempo que, sempre que possível, atende-lo no mínimo que Êle espera de nós.
A escola da vida tem uma metodologia de ensino muito peculiar, como assim ? para cada nova lição aprendida, somos submetidos à vivência desta lição imediatamente na prática, em decorrência de um evento qualquer e específico. À medida que em que somos aprovados nesses “exames”, imediatamente passamos para novos conhecimentos e, reciprocamente, à medida em que não passamos ou nos negamos à exercer o que nos foi ensinado, a mesma lição nos é passada novamente que, em razão de não aprendermos, ela virá como que, com maior dificuldade, sempre.
À medida que vamos sendo reprovados em novos testes, nossa condição cognitiva e consequentemente psicológica, sofre um declínio acentuado, acarretando em sentimentos de revolta e inconformismo, com tudo e com todos, se achando incapaz de executar as tarefas mais simples da vida. Isso, em muito contribui e favorece o surgimento de enfermidades clínicas e psicológicas, contribuindo para uma total e completa inaceitação de toda e qualquer adversidade ou enfermidade (principalmente às de natureza psíquica) em que é submetido, passando à nutrir-se somente da auto lamentação.
Resumindo, ter, manter ou livrar-se de um sofrimento, está relacionado diretamente com a forma de como o vemos e lidamos e não especificamente de como ele é. Quanto mais conhecermos e explorarmos sua forma de agir, mais nos sentiremos seguros e autoconfiantes em lidar com ele, sendo tão fácil ao ponto mesmo de o ignorarmos como se de fato ele não existisse. É como tomar ciência de que existe à nossa frente, todo dia, o mesmo obstáculo e, conhecendo a melhor forma de transpô-lo, em pouco tempo o consideramos insignificante, diante de outros valores que precisamos preservar.
Não estou dizendo que é fácil desfazer-se, mas as dificuldades tornam-se menos difíceis à medida que o desconhecido passa a ser considerado, relevado e suas fraquezas exploradas.
A estratégias de como fazer isso estão contidas no artigo anterior à este, com o título: “Como lidar com os transtornos ?”.
Os que acreditam em Deus e puder valer-se de sua força e sabedoria, sem dúvida será muito mais fácil conduzir o problema (não importa qual seja). Para os que não acreditam, faz parte do livre arbítrio de cada um, mas se resolverem “cobrar” à Deus, ajuda pelo o que está passando, procure não tratá-lo como um garçom e ficar só na espera, quando até mesmo Êle (e por condição nossa) gosta de bater um papo com seus filhos. É pra conversar (NÃO REZAR), pois que, desta forma Deus pode conhecê-lo melhor e ajuda-lo(a) na medida que você precisa.
Não se esconda, não tenha medo do transtorno que carrega, aceite, encare-o de frente, estude-o, aprenda com ele, médicos precisam de toda informação possível para receitar o remédio ideal e específico para o seu momento. Se levar apenas, sintomas, é encima destes, somente que ele receitará e que possivelmente não o atenderá e continuará a ter os mesmos sintomas.
Junta os cacos, as forças que lhe resta, forme um mínimo de entusiasmo e comece a trabalhar o seu problema como ele merece, para que volte à sorrir novamente, pois a felicidade não deixa de ser a constância de um sorriso. Seja feliz, porque é possível e também merece.
Amadeu Epifânio
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