Quando a Vida se Prende à uma Idéia.
Prezados, muito se fala na depressão como uma força sobrenatural agindo sobre as pessoas, impedindo-as de terem ama vida tão normal quanto os demais. Mas o que é realmente a depressão ? Como ela se instala e de que maneira atrapalha a vida de tanta gente ?
Primeiramente, a depressão não é exatamente uma doença, mas que pode vir adquirir tal condição, caso venha persistir por anos, outras condições que foram estabelecidas um dia, por seu próprio portador, para ser feliz ou satisfazer uma sensação conveniente e momentânea de alegria. Até aqui, nada de tristeza, pelo contrário; ao estabelecer para si tal condição, formou-se também uma sensação de prazer, como se de fato faltasse muito pouco para satisfazer seu desejo.
Mas, ao inverso do que se esperava, aquele pouco jamais se concretizou. Mas que apesar disso, não se perdeu a esperança e com isso, renovou-se e fortaleceu-se a expectativa em torno desse desejo ardente que, insistiu-se em não se concretizar. Até então havia aquela sensação de prazer gerada pela esperança e cuja sensação a mente absorveu e jamais quis perder (pois que o prazer é o principal poder de barganha, na briga entre o consciente e o inconsciente, pelo controle do nosso corpo e da nossa vontade).
Vencido pela espera, o estado consciente desiste do seu propósito, mas o estado inconsciente... não. Como um jogador que não sabe perder, o emocional inconsciente continuará apostando na concretização daquele desejo, custe o que custar e sem mesmo a conveniência ou permissão do estado consciente. O resultado disso está num fator negativo e destrutivo para o estado consciente. Assim como nos frustramos, nos decepcionamos e nos entristecemos por não conseguir o que tanto queríamos, sofreremos igualmente essas mesmas sensações, geradas pela busca frustrada e inconsequente do nosso emocional inconsciente, que jamais foi convencido à abandonar este propósito.
Agora sim, começa à se caracterizar a depressão, decorrente de uma tristeza que a pessoa nem desconfia de sua procedência, nem sabe onde começou e porquê, mas que está à atormentá-lo(a)a constantemente, impedindo-o(a) de concretizar seus sonhos e projetos e pior, impedindo-a de vir à ter uma vida tão normal quanto os outros e, à medida que o tempo passa, o quadro só tende à piorar, porque “alguém” dentro de si, continua acreditar em vão, que ainda conseguirá o que quer.
Prezados, está na hora de separar a chave do cadeado. Tentar separar as duas pessoas uma da outra, ou seja, tentar bloquear ou sufocar a outra metade dentro de si, convencendo-a de que jamais conseguirá obter o objeto da sua busca, de que tudo não passou de coisa de momento. Existem algumas formas de se conseguir isso. A primeira delas é a terapia, cujo o propósito será ir voltando ao passado, até o momento em que se estabeleceu tal propósito e desfazê-lo. Claro que isso pode levar certo tempo.
A outra opção é estabelecer um novo propósito, adaptado à sua realidade atual, mas que seja possível de ser atingido. É como uma janela e uma claridade que se abre, mostrando uma nova direção e com um propósito. Isso, com certeza, neutralizará os efeitos decorrentes do primeiro objetivo, defendido pelo inconsciente e, sabendo agora a procedência da sua tristeza, haverá de se tornar mais fácil (ou menos difícil) o alcance do novo propósito.
Nada precisa ser da noite pro dia, avalie bem a situação, vai estabelecendo aos poucos as estratégias à serem alcançadas e estabelecendo as condições mínimas essenciais para sentir-se bem e abandonar aquela angústia decorrente dos sintomas desconhecidos. Os progressos parciais haverão de dar-lhes força para as próximas etapas, de forma que, caso não consiga ou demore um pouco, o que já conseguiste será suficiente para manter-se bem, em paz e tranquilo.
Agora você sabe onde está (tem um ponto de partida) e o que precisa fazer. Uma terceira opção é trabalhar para tentar equalizar as duas pessoas (consciente e inconsciente) de forma à pensarem juntos, na mesma direção. Como ? Desenvolvendo um exercício mental de auto reflexão, para tentar convencer seu inconsciente de que o melhor para ambos é seguir um caminho só, com um novo propósito. Deverá ser feito em ocasiões menos tensas, mais tranquilas e nunca em momentos tensos. Deverá dizer com próprias suas palavras, naturalmente, o seguinte:
“Passei boa parte da minha vida tentando descobrir que eu mesmo(a) estava me impedindo de viver, através de um lado inconsciente meu que nem conhecia. Agora sei porque tanto sofri e também à partir de agora (que tomei ciência de tudo), vou poder viver minha vida, sem mais perturbação nem tristeza, sem angústia e sem impedimentos. Sou uma nova pessoa, livre de tudo que me fazia mal e de tudo que me fazia sofrer. Estou finalmente livre de tudo”.
Primeiro leem com calma e atenção, com naturalidade (como se já fosse passado, mas sem usar do verbo correspondente). Se necessário, leia o artigo quantas vezes for necessário para o autoconvencimento natural.
Não deixem de tomar medicações que estão ajudando, no momento. Também não interrompam nenhum tratamento, se não com autorização médica. Nenhum remédio deve ser interrompido bruscamente e sim, de forma gradativa, seja para o organismo de adaptar à falta do mesmo, seja para ir avaliando possíveis reações ou efeitos colaterais da ausência, o que irá requerer imediata reabsorção do remédio. De qualquer forma, sempre com orientação médica.
Importante frisar: O que foi descrito até aqui, refere-se à Depressão como transtorno principal.
A Depressão como fator recorrente (ainda que diagnosticada) dá-se em razão das expectativas, tanto positivas quanto negativas, criadas em torno do transtorno principal, o que vem sempre à prejudicar o andamento de qualquer tratamento, tanto fármaco quanto terapêutico, porque ? Em expectativas negativas, de pessimismo em torno do problema, o mesmo impede a eficácia do tratamento, pois que a pessoa fica sempre como um vulcão ativo, nunca conseguindo relaxar o suficiente, para deixar a medicação cumprir o seu efeito.
Nos casos de expectativas positivas (as esperançosas de cura), também não é ideal, haja vista que a demora pode transformar-se em expectativa negativa. O que se recomenda é que, ao invés de criar expectativa de cura ou mesmo de melhora, que se busque essa condição, através do autoconhecimento, explorando ao máximo sua vida em torno do transtorno principal, pois que, desta forma, tanto pode ajudar o médico numa prescrição mais acertada, quanto conhecer-se à si próprio, o que muito ajudará a entender a realidade, permitindo driblar emoções recorrentes.
Não tomem seus transtornos como pagamentos cármicos ou justiça divina, porque nada tem a ver com religião, muito embora, Jesus já dizia quando curava os enfermos que: “Seja feito conforme creste, a tua fé te salvou!” Ou seja, até para os cristãos, não cabe esperar por Deus feito garçom, à trazer o que pediu, numa bandeja, mas é preciso pedir e ter fé, se quiser se curar.
Podem me acessar no face como: ProfAmadeu Epifânio
Siga os orientações da forma que foi colocada. Deus abençoe e proteja à todos.
Amadeu Epifânio
Projeto VIVA+
Corrigindo Passos para um Caminho + Seguro.
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