DEPRESSÃO (2ª Parte)
Esquizofrenia

DEPRESSÃO (2ª Parte)



 
COMO AJUDAR VERDADEIRAMENTE UM DEPRESSIVO CRÔNICO ?
 
O que mais importa numa Depressão, é saber como lidar e tratar;  Antes de ser depressão é um problema emocional que precisa ser sanado, resolvido e, enquanto não se resolve, uma das consequências é a depressão, que se não tratada adequadamente, pode vir à agravar-se, acarretando em severas consequências e até mesmo a morte.
A depressão é subjetiva, motivos ocultos e inconscientes, que nem mesmo sabemos e que, julgamos ser por motivações presentes (o que até pode contribuir para a manutenção do problema ou do estado de depressão).   Como é subjetivo, é uma ajuda que tem partir de dentro pra fora e não o inverso.   Vou dar-lhes um exemplo típico e vocês aplicam segundo a realidade de cada um ok ?
Como uma grande maioria de pessoas, que por não ter, não entende nem sabem como agir corretamente, normalmente eles diriam:
"Fulano (...), está chegando o natal, levanta dessa cama, vamos comemorar juntos, deixa de frescura...".
Quando a abordagem correta seria:
"Fulano, nos anos anteriores você preparou uma ceia como ninguém, só você sabe preparar com o carinho que só você sabe fazer. Estamos todos torcendo pra que nos ajude de novo".
Perceberam a diferença ?  ou ainda...
“-Fulano, sua presença nos enche de alegria e orgulho, estamos contando com você mais uma vês”.
"-Fulano, o que quer que esteja passando, não há de ser maior que o carinho que temos por você".
Apenas digam, sem fazer cobranças ou esperar por respostas imediatas. O depressivo precisa de tempo pra ruminar dentro de si, estas palavras.
Não preciso dizer que a sinceridade é condição fundamental, para que um depressivo ponha fé nas suas palavras porque, se perceber o mínimo de demagogia ou falsidade... adeus, perde-se a confiança, drasticamente).  Se coloque no lugar de uma pessoa depressiva e pergunte à si mesmo se aceitaria tais palavras de pessoas falsas ou aquelas com que o seu “santo nunca bateu” com o dele. rsrs.
Pessoas que desejam verdadeiramente ajudar, devem fazê-lo à partir do ponto de dor do outro e não da nossa visão. Isso significa respeitar a dor. Existem três condições contribuindo para o estado depressivo da pessoa, uma delas é a causa escondida em meio à um inconsciente ferido emocionalmente.  Outra é o que o depressivo imagina ser, como sendo a real causa (que por não saber, conjetura).  Em alguns casos, ambos se conciliam. Uma terceira é a falta de “tato” de pessoas, que não só, não sabem como lidar com a questão, como ainda podem contribuir para o agravamento do quadro.
Em depressivos comórbidos (recorrente de outro transtorno e, não que por isso, seja mais brando), tem sua depressão atrelada quase que 100% ao transtorno principal, de forma que não dá pra tratar a depressão de maneira isolada, negligenciando o fator gerador (que aqui conhecemos).  No mesmo princípio dado à depressão e, dependendo do transtorno em si, ele não deixa de ser, antes, um fator psicológico (bastante precoce), que por não ter tido sua especial atenção e diagnostico também precoce (e considerando a tese do estado de normalidade), também no transtorno, acontece a mesma coisa.
 A depressão pode vir à tornar-se realmente uma enfermidade patológica (ou psiquiátrica) grave, mas isso não implica dizer que já nascemos depressivos ou com predisposição para desenvolvermos depressão. No artigo anterior (sobre este tema), eu disse que seriam necessários, pelo menos, entre 5 a 7 anos de carência, pra que uma tristeza profunda venha à adquirir ares de depressão.  Qualquer coisa que venha transpor, em nós, o estado de normalidade, haverá também de causar as alterações correspondentes e em áreas responsáveis, que venham a controlar o equilíbrio psíquico do ser humano.
Se me permitem repetir uma expressão forense, que casualmente utilizo em alguns momentos no Facebook (nas páginas de grupos de transtornos): Não existe crime perfeito mas, mal investigado,também na esfera psiquiátrica (pelo o que tenho percebido nos últimos 18 meses de frequência naqueles grupos, acontece o mesmo, isto é, procuram mais enquadrar um paciente numa classificação específica, apenas como referência, para submetê-la à um tratamento psicoterápico e farmacológico, do que especificamente, analisar caso a caso, cada paciente, com seu histórico pregresso diferenciado.  Não fosse assim, uma mesma medicação, atenderiam todas as pessoas de um mesmo transtorno, o que sabemos de antemão, que não é o que acontece.
Auto conhecimento continua sendo a chave mestra para abrir portas que levam à uma vida mais plena e menos sofrida, visto que é preciso antes, saber o que realmente se passa consigo, porque sente, quando, por quanto tempo, qual a frequência e saber, acima de tudo, que não existem culpados e que não carecem, tratar ou admitir-se de tal forma.
Que Deus ilumine e abençoe à todos.
“Todas as coisas têm seu tempo certo e sua oportunidade,/
E é grande a aflição do homem/em ignorar coisas passadas,
E estar na impossibilidade de receber qualquer nova, do futuro.”
                                                          (Eclesiastes 8, 6)
 
                                  Amadeu Epifânio
                         
 
Contatos: Pelo facebook como (ProfAmadeu Epifânio)



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